Porém, um dia o menino cresceu e também seu gosto pelo dinheiro que vinha de forma tão fácil. E aí, só foram crescendo os truques dos quais usava para simular poder, com destaque para a retórica e a hipnose, e as quantias que arrecadava a cada culto.
Mas um dia sua consciência pesou. Queria largar a vida dupla, a vida oculta, o teatro que fazia na igreja e que enganava a muitos. Mas como abrir mão do dinheiro, e pior, como se abrir para as pessoas? Decidiu transformar sua última cruzada evangelística num documentário, que em 1972 chegou a ser premiado com um Oscar.
Nesse documentário, Marjoe mostrou de forma aberta e assustadora todo o teatro que os estelionatários da fé fazem em busca do meu e do seu dinheiro. Assim como Marjoe no documentário, esses falsos pastores não têm o menor temor do Deus que dizem pregar – se tivessem, não fariam negócios descaradamente em Seu Santo Nome.
O mais triste de tudo: mesmo ganhando um Oscar e, assim, certa notoriedade, tal documentário continua anônimo. Tão anônimo que, após ele, muitos outros Marjoes apareceram nos Estados Unidos: Morris Cerullo, Mike Murdock, Benny Hinn, Creflo Dollar, Kenneth Copeland, Joel Osteen entre outros. Os novos Marjoes continuaram e continuam enganando multidões que, fascinadas pelos seus falsos prodígios, obedecem cegamente a todas as instruções vindas desses líderes religiosos, aumentando assim seus impérios financeiros e eclesiásticos.
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