Você sabia que a dipirona é proibida em vários países?
Embora seja uma das soluções mais comuns para aliviar febre e dor no Brasil, onde mais de 215 milhões de doses foram comercializadas apenas em 2022, esse medicamento está proibido em lugares como os Estados Unidos e parte da União Europeia há décadas.
A razão por trás dessa proibição é a agranulocitose, uma alteração grave e potencialmente fatal no sangue que reduz a quantidade de certas células de defesa.
Estudos nos anos 1960 e 1970 levantaram alertas sobre esse risco, levando a FDA a retirar a dipirona do mercado americano em 1977. Outros países, como Austrália, Japão e Reino Unido, seguiram o exemplo.
No entanto, pesquisas mais recentes trouxeram novas perspectivas. Estudos sugerem que uma mutação genética, mais comum em populações dos Estados Unidos e Europa, pode aumentar o risco de agranulocitose com o uso da dipirona.
Além disso, dosagens elevadas e uso prolongado também influenciam nesse risco.
No Brasil e em outros países da América Latina, uma grande pesquisa, conhecida como Latin Study, encontrou uma taxa de 0,38 caso da doença por milhão de habitantes/ano, indicando que os riscos são baixos e comparáveis aos de outros analgésicos.
Assim, a eficácia da dipirona como analgésico e antitérmico é inquestionável, e seu uso é considerado seguro para a nossa população.
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Dra. Gabriela Carmona
Hematologista
CRM/RO 3979 | RQE 1724 | RQE 2471
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